Um Ponto de Vista
Por Ju Marconato
Por Ju Marconato
Venho aqui compartilhar um ponto de vista sobre nossa arte, minha forma atual de entender as coisas.
Não pretendo convencer ninguém a nada, nem estar com a verdade, nem brigar por nenhuma opinião, pois as vezes o que é bom para mim pode não ser bom para o outro, nem todos gostam apenas do vermelho ou do amarelo, a vida é feita de escolhas.
O problema está quando achamos que somente nosso ponto de vista é verdadeiro aceitável e, nos irritamos, criticamos pessoas que agem e pensam diferente do que considerávamos “correto”.
Cada um dá o que tem e faz o que pode, dentro do seu atual conhecimento e capacidade.
Bem, voltando à dança, agora pergunto: Onde você quer chegar???
Naturalmente muitas responderiam: quero dominar os movimentos executá-los com perfeição, realizar uma leitura musical adequada, dançar como minha professora, ou como fulana, dar aula, ser famosa etc...
Naturalmente muitas responderiam: quero dominar os movimentos executá-los com perfeição, realizar uma leitura musical adequada, dançar como minha professora, ou como fulana, dar aula, ser famosa etc...
Muitas vezes ficamos ansiosas na busca de reconhecimento, aceitação e amor. Esperamos que outras pessoas façam o que cabe primeiramente a cada um de nós fazer: animar-se e respeitar-se. Isso é preciso vir de dentro para fora, nunca de fora para dentro.
Quando estamos distantes de nossa Alma nos conectamos com o nosso Ego. Assim começamos a nos comparar com outras bailarinas e colegas de sala, começamos inconscientemente ou conscientemente a competir, a criticar, apontar e enxergar apenas os problemas das pessoas.
Espere um pouco onde esta sua Alma nisso tudo? Seu coração? Onde esta sua entrega? A beleza da arte tomando forma em movimentos?
Espere um pouco onde esta sua Alma nisso tudo? Seu coração? Onde esta sua entrega? A beleza da arte tomando forma em movimentos?
Quando estamos conectados com a nossa essência com o que temos mais puro dentro de nós, nossa Alma se expande.
Eliminamos tempo e espaço e o movimento da dança torna-se único, insubstituível, mágico e contagiante.
Eliminamos tempo e espaço e o movimento da dança torna-se único, insubstituível, mágico e contagiante.
Quando nos conectamos com nossa sincera bondade e alegria, nos tornamos um canal para que as outras pessoas possam sentir isso também.
Não é apenas um momento de exibição é uma troca de energias.
Não é apenas um momento de exibição é uma troca de energias.
Em muitos momentos entrar para dançar é como se estivéssemos em uma guerra, entrando na boca dos leões. É como se estivéssemos ali para sermos aprovadas ou não, para os outros se convencerem ou comentarem se somos boas ou não. Isso é muito desgastante, perdemos energia dessa forma.
Se ao invés disso pensarmos: estou aqui para servir! Eu acredito que todo artista deve ter a capacidade de curvar-se a seu publico e servir! Com nobreza e sensibilidade precisamos servir! Assim nos retiramos do difícil para ser o máximo e encontramos a felicidade ao dançar.
Certa vez perguntaram a uma aluna minha: “Onde você pretende chegar com a dança?”... Ela sabiamente respondeu: “preciso chegar dentro de mim, me sentir mais bela e encontrar o auto-conhecimento”. Dançar com a alma realmente torna nossa vida mais iluminada! Nossa alma naturalmente sorri, naturalmente sabe aplaudir o sucesso e a beleza do outro. Para nossa alma dançar é uma manifestação natural de alegria e gratidão!
É isso que desejo do fundo do meu coração para minhas alunas, para você que dança profissionalmente, para você que dança é um hobby saudável, para você que ama a arte e belo.
Desejo amor e consciência à todas praticantes da contagiante Dança do Ventre.
Desejo amor e consciência à todas praticantes da contagiante Dança do Ventre.
Ju Marconato é formada em fisioterapia e atualmente integra o quadro de Bailarinas Noites no Harém da Khan el Khalili.
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