Tahia Carioca


Pouco tempo depois, no entanto, o talento de Tahia chegou ao conhecimento de Badia Massabni, dona do Casino Opera, a boate mais famosa da época, que acabou a contratando com o nome de Tahia Mohamed. Conforme suas performances adquiriram notoriedade, Tahia se especializou no samba para compor suas coreografias, ficando conhecia como Tahia Carioca.
Além da dança, Tahia foi atriz, estrelando 120 filmes egípcios da chamada "Era de Ouro". Em 1963, Tahia passou a se dedicar ao teatro e parou de dançar.
Tahia não podia ter filhos, acabou adotando uma menina chamada Atiyah Allah e também se mostrou muito ligada aos seus sobrinhos. Ao todo se casou 14 vezes, dentre seus maridos havia o também famoso ator egípcio Rushdy Abaza, que também se casou com Samia Gamal (com quem teve o seu mais longo casamento!), a rival de Tahia.
Tahia morreu aos 79 anos em 20 de Setembro de 1999 de ataque cardíaco. No entanto o seu legado permanece entre todas as bailarinas, como um exemplo de dançarina e parte da história da dança do ventre.
Tahia Carioca utilizava passos pequenos, sem as marcações fortes que estamos acostumadas a ver nas bailarinas modernas. O material de estudo desta bailarina é de relativo fácil acesso, já que participou de inúmeros filmes e muitos são encontrados na internet.
Trabalhava oitos e camelos, além de meia lua para frente com o quadril. Os braços ficam posicionados na altura do busto ou juntos, acima da cabeça – nunca extremamente alongados, sempre em uma posição bastante natural. Um detalhe interessante: usava variações de altura, explorando muito as alternâncias de planos (baixo e médio) com o recurso de flexão dos joelhos.
Desta forma, sua dança não fica apenas concentrada na altura dos quadris, como é comum ver por aí. O vídeo acima é apenas um exemplo do seu trabalho, mas é possível observar claramente tais características e é interessante notar que a apresentação inteira, de aproximadamente cinco minutos, foi usada no filme.
Fonte Dança do ventre Brasil e Cadernos de dança
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