A carreira da bailarina egípcia Naima Akef já é peculiar desde a infância. Aos quatro anos ela participava dos números do circo da família Akef. Foi treinada para dançar, cantar e fazer trapezismo pelo avô Ismail. Esta formação deu à Naima elasticidade, preparação física e contato com plateias logo cedo.
Durante uma turnê com o circo, em 1957, Naima participou de uma competição de dança do Teatro Bolshoi. Ela não só venceu o campeonato, como recebeu a honra de ter a sua foto colocada no Hall da fama do famoso balé russo.
Naima passou pela casa de Badia Masabni, mas saiu para ir compor o grupo do Clube Kit Kat (dizem que ela era apreferida de Badia e que saiu por entrar em conflito com as outras bailarinas). Ali conheceu os irmãos Abbas Kamel e Husayn Fawzy, ambos da indústria cinematrográfica. Foram eles que impulsionaram sua carreira como atriz.
Seu primeiro papel foi em “Al-Eish wal-Malh” (1949), primeiro filme egípcio em tecnicolor, dirigido por Husayn, com quem Naima foi casada. A bailarina participou de trinta filmes e, na opinião de Hossam Ramzy, uma de suas participações mais marcantes foi em “Tamia Henna” (1957).
A dança de Naima Akef explora muito os oitos seguidos de giros ou redondos grandes. Outro diferencial são os chutinhos, arabesques e pernas altas, no estilo atualmente utilizado pela argentina Saida.
Naima passou como uma estrela cadente. Nasceu em 1929, na reginão do delta do Nilo, em Tanta, e sua breve vida acabou aos 37 anos, vítima de um câncer.
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